quinta-feira, março 22, 2007

O engenhocas


Li há uns anos num livro de Joaquim Letria que, nos anos sessenta, no tempo (que não vivi) em que havia cafés interessantes em Lisboa, e ainda muito longe dos telemóveis, era frequente telefonar-se para um desses cafés à procura de algum cliente que lá pudesse estar. E o empregado anunciava: Sr. Fulano Tal, Sr Dr. Cicrano, Sr. Engº... é favor atender uma chamada. O visado levantava-se e todos ficavam a saber quem era.


Ora, constava que muito boa gente, sem nunca ter por posto os pés no átrio de uma universidade, dava cinco tostões a um amigo para lhe ligar para o café que frequentava, colocando um título académico antes do nome, para que todos soubessem o Doutor que (não) era, dando-lhe essa deferencia no trato.


Eram os Doutores por cinco tostões...


Já quanto ao Senhor José Socrates (Engenheiro por um bocadinho mais - e não estou a falar em dinheiro), depois do que veio a lume, tenho sérias duvidas que tenha sequer obtido o grau académico de licenciado...


E o pior é que não parece preocupado em contar aos portugueses a verdade. Não vale dizer que é mais uma cabala. como foi a Freeport.


O mais grave disto é a imagem de Portugal no mundo.


Embora típicamente português, é tudo mau demais para ser verdade...

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