sábado, fevereiro 17, 2007

Ao que venho

Este blogue não pretende inovar na blogosfera...

Trata-se apenas de um espaço que decidi criar para escrever uns arrazoados, sempre telegráficos (por manifesta falta de tempo), sobre o meu dia a dia como advogado em Lisboa.

É, pois, natural que aborde temas como direito, justiça, cidadania e também política.

Mas, não obstante, estarei sempre disposto a contar uma boa história que tenha vivido na cidade, no âmbito do exercício da minha profissão, e não só...

É claro que a minha família, especialmente os meus filhos, e os meus amigos, podem vir a inspirar alguns posts.

SEM A DEVIDA VÉNIA, para os leitores leigos, é uma brincadeira com a expressão Com a devida vénia... , com que muitos advogados continuam a mimar os juízes, sempre que, em tribunal, estes, por exemplo, lhes dão a palavra para inquirir uma testemunha.

Não só sempre discordei desse excesso de deferência, completamente rídicula nos dias que correm, como nunca a utilizei em tribunal, limitando-me a um: Muito obrigado, Sr.Dr. Juiz!

Não quer isto dizer que este Blogue tenha como objectivo desafiar os magistrados judiciais (tanto ou mais vítimas do que nós, advogados, da crise da justiça que, de há muitos anos a esta parte, todos vivemos).

Aliás, penso mesmo que os magistrados judiciais, nos dias que correm, deveriam ser melhor pagos e, como títulares de um órgão de soberania, mereçem mesmo o tratamento por Vossa Excelência (o ex-Presidente Sampaio chegou a dirigir-se a juizes, tratando-os como Meus Senhores, o que considerei lamentável...).

Até porque, devo dizê-lo, de um modo geral (com as excepções da praxe...), tenho tido a sorte de me cruzar com magistrados com quem aprendi mais do que ensinei...

Depois deste ponto prévio, e de esclarecer este, eventualmente, equívoco título, creiam-me que a magistratura judicial apenas será aqui abordada se se justificar.

Permitam-me, pois, sem a devida vénia, que prossiga...

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