Será, naturalmente, candidato à liderança do CDS e propõe-se liderar a oposição, aproveitando-se do vazio que há, actualmente, no PSD.
Goste-se ou não, o ex-ministro da defesa é já um peso pesado da vida política portuguesa e, mesmo à frente de um partido pequeno, um adversário de respeito.
Portas regressa dois anos depois. Emagreceu (o que lhe dá um aspecto mais novo) e continua vestir bem e a apostar claramente na imagem.
Ao nivel do discurso político, Portas será sempre uma dor de cabeça para Sócrates e qualquer ministro deste Governo. Costuma escolher sempre temas que interessam ao seu eleitorado, ou a sectores onde pretende conquistar votos. Materializa muito bem conceitos e ideias chave que, por vezes, repete até à exaustão. É demolidor nas críticas. O seu modo de falar é simples e perfeitamente entendido por qualquer português médio.
Além disso, com O Independente, em parceria com Miguel Esteves Cardoso, influenciou uma geração que, mesmo sem o assumir directamente, adoptou o mesmo estilo irreverente, moderno e cosmopolita. Muitos o fizeram depois, mas não há dúvida que eles foram pioneiros.
Com uma oposição enfraquecida, O Independente também foi a principal arma de arremesso contra Cavaco e o PSD. Mas isso é outra história...
Contra um certo cinzentismo instalado na oposição, o regresso de Portas deve ser saudado.
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